A nova música francesa traz elementos de vários cantos do mundo, principalmente onde a França teve influência, desde o continente africano até o continente americano, e em especial a América Latina, tendo um carinho especial com o Brasil.
França e Brasil, países realmente envolvidos pela música, trocando estilos entre si.
Como muitos países, a França também foi conquistada pelo carisma dos ritmos brasileiros: o Côco, a Embolada, o Maracatu e principalmente a Bossa Nova.
Você sabia que Henri Salvador é conhecido na França como “inspirador” da Bossa Nova?
Henri Salvador tinha uma forte ligação com o Brasil. Na época da Segunda Guerra Mundial, viveu por quatro anos no país. Diz-se que sua canção “Dans mon île”, de 1957, teria influenciado Tom Jobim no nascimento da Bossa Nova.
Em seu álbum “Révérance”, de 2006, por exemplo, várias faixas foram gravadas no Brasil, com arranjos de Jacques Morelembaum e a participação de músicos como João Donato e Jorge Helder.
Desde a influência cultural do requinte da Bossa Nova, que foi um marco da música brasileira, até o jeito irreverente de Seu Jorge entre outros músicos, compartilharemos alguns dos estilos de música para você.
A música tem unificado esses povos em uma variedade de ritmos que envolve o mais requintado chefe de cozinha francês até a baiana que frita acarajés.Delicie-se com o cardápio de músicas que a França, Brasil e América Latina proporcionam, como Fabulous Trobadors, Art Mengo e Seu Jorge entre outros.
Exemplo da invasão da música brasileira na França, a dupla francesa une ritmos nordestinos ( repente, embolada, côco) com a música tradicional francesa, entre letras em francês, e alguns dizeres em português e arranjos simples bem caracterizados pelo pandeiro. Eles já estiveram no Brasil no festival de World music chamado Heineken Concerts em 2000, onde tocaram com os brasileiros Chico César e Lenine.
O francês Art Mengo também se delicia com as influências da Bossa misturadas com características do Jazz, do Rock e do Folk. Tanto que Henri Salvador foi um de seus convidados no seu último álbum.
Seu Jorge é um apaixonado pela França. teve a possibilidade de mostra seu trabalho
Em setembro de 2004, lançou o disco “Cru” na França pelo selo francês Naïve, voltado para o mercado europeu, onde ganhou 5 estrelas na crítica especializada francesa com editoriais de ênfase nas revistas: Rolling Stones, Elle France, Vogue France, incluindo artigos de páginas inteiras na França, programas ao vivo de televisão e foi intitulado por eles mesmos como um novo representante da musica brasileira na Europa.
Com isso ele conseguiu conquistar os franceses com seu jeitinho e simpatia envolvendo-os com a musica brasileira. Isto mostra que a frança tem um grande carinho pelo Brasil.
João Gilberto é o artista mor da finíssima “Bossa Nova”. Ele colaborou e muito para que esse estilo fosse introduzido em outros países quebrando uma barreira frente ao idioma português e disseminando o estilo abrindo portas para o Brasil mostrar o que tem de melhor em sua música.
Tom Jobim foi um grande talento da Bossa Nova. Um dos primeiros a influenciar a França com sua musicalidade e requinte, com influência e apoio de um outro grande talento que foi Henry Salvador.
Assim como o Brasil tem as portas abertas para novas culturas, a França abre as portas para a musicalidade, tendo como músicos de outras etnias fazendo sucesso em seu país, como Faudel, P18 , Manu Chao e Orishas, também músicos franceses que estão influenciando o gosto musical dos brasileiros, como Olivia Ruiz, Bob sinclar, High tone e dafty Punk.
Read more...Argelino que vive na França é um dos mais importantes exemplos de um artista francophonie que canta no idioma de seu país e em francês. Com o sucesso da música “Je Veux Vivre”, ele se mantém preferência nas rádios francesas e começa a trilhar o caminho da popularidade internacional. Com suas composições próprias encima da música tradicional Rai, com arranjos de música eletrônica, flamenco, reggae, funk e salsa.
A origem do nome P18 é uma referência ao bairro distrito 18 em Paris, onde vivem cubanos e franceses em constante ebulição cultural. P18 tem seu trabalho baseado nas sonoridades cubanas fundidas com modernidades como o hip hop, drum bass, reggae e acid jazz, com isso resulta-se em uma grande tempestade tropical.
Sucesso no mundo inteiro, envolvido nas raízes e assuntos sociais latino-americanos, o resultado musical de suas viagens, o disco Clandestino, foi lançado em 1998. A repercussão inicial foi tímida, mas Clandestino acabou sendo um grande sucesso na França e na América Latina (em especial no Brasil), apesar de suas letras serem uma mistura de inglês, francês, espanhol, galego e português. Músicas como Desaparecido e a faixa-título tocaram nas rádios brasileiras e tiveram ótima repercussão.
É um grupo de rap originário de Cuba, suas músicas retratam os problemas da periferia de Havana. Os membros do grupo, Yotuel, Roldan e Ruzzo, conheceram-se em Paris e fundaram o grupo, que sofreu influências do hip-hop e de ritmos cubanos e latinos. O nome "Orishas" é uma alusão à crença dos integrantes nos orixás, entidades tidas como divindades pelos praticantes do candomblé e outras denominações de origem africanas. Isso é evidenciado em algumas de (das) suas letras como "Nací Orichas" e "Canto Para Elewa y Changó".
Aos 15 anos formou um grupo de rock estilo Lenny Kravitz chamado “Five”, adquiriu experiências para misturar um pouco de rock com a música tradicional francesa (caracterizado pelos solos de gaita e arranjos semelhantes a músicas de espetáculos de circo).
Com isso rapidamente convenceu a crítica e o público.
Procura raízes selvagens da música étnica entre a Índia e o Tibet, Dub dos anos 70, hip hop, drum bass e ritmos jamaicanos com vários improvisos, utilizando a arte de luzes e vídeos
É uma dupla francesa de música eletrônica composta pelos músicos Guy-Manuel e Thomas Bangalter. A dupla é considerada uma das mais bem sucedidas da música eletrônica de todos os tempos. Daft punk alcançou seu sucesso na França nos anos 90. O nome Daft Punk foi inspirado em um artigo depreciativo, publicado na revista britânica Melody Maker. Seu primeiro álbum e “The New Wave” a dupla inovou o Techno , house music, acid house e electro.
No tranquilo bairro de Marais, com suas ruas estreitas na região central de Paris, Bob Sinclar (41), um dos DJs mais famosos da atualidade, está em processo de criação de seu novo álbum, Born in 69, com lançamento em maio desse ano. Criador de hits mundiais como Love Generation (2005), World Hold On (2006) e Sound of Freedom (2007), o profissional que tirou seu nome artístico do personagem de Jean-Paul Belmondo (75) no filme O Magnífico, de 1973, se diz apaixonado pela música brasileira. "Para compor sento com a minha coleção de vinis e escuto Gilberto Gil, Joyce, Tom Jobim, Jorge Ben Jor, DJ Marlboro e MC Leozinho, entre outros. A música brasileira tem uma história de amor com a França. Aqui se diz que foi um francês que inventou a Bossa Nova, Henri Salvador. Ele contribuiu muito para essa batida", afirma ele, sobre o cantor que teria inspirado o ritmo brasileiro.
Vimos hoje, que Brasil e a França são países bastante parecidos e que absorvem culturas e estilos de outros países, o que enriquece a cultura e traz novas visões além da imagem do “país do samba” e do “país da gastronomia e da arte”.
Se você não tem vontade de conhecer a França pela culinária ou pelas artes, com certeza você vai querer conhecer a música envolvente deste país tão semelhante ao nosso!
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